No emaranhado de pensamentos que povoam as nossas mentes, desfilam em uma alegoria faces que acendem lembranças, mas são tão ligeiros que escapam à sensibilidade daquilo que vivenciamos com aquelas pessoas. Perdidos procuraram no baú de memória alguma fita amarela, pedaços de serpentinas ou confetes, para enfeitarmos esse carnaval de esquecimento.
Nos bailes da vida os blocos dos mascarados desfilam rentes às nossas recordações, o tempo é a banda que anima a festa e a saudade a passarela dos carnavais saudosos.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
sábado, 24 de dezembro de 2011
SEGREDO TRANCADO NO SOTÂO DA ALMA
Elas borbulham no caldeirão quente. São bolhas que num protesto avisam que o fundo está preste a se queimar. Representam as manifestações físicas de um segredo que dorme eternamente dentro de mim, e que de repente insiste em vir à tona como um vulcão em ebulição.
Todos têm segredos guardados num baú de lembranças, mumificadas e soterradas em um caminho em que o tempo forçou-nos à esquecer e que talvez por medo ou necessidade, insistimos em deixá-lo sepulto.
Diante de tanta insistência e provocação, resolvo encarar o desafio e mergulho no abismo de minha alma, em busca da passagem há muito esquecido. À medida que vou acertando e me aproximando, uma inquietude e insegurança somente vão aumentando. Agora sinto em toda a sua plenitude o mais terrível doa sentimentos, o medo em sua essência.
Pronto, chegando diante do baú me ajoelho na tentativa de abrí-lo, mas para a minha decepção vejo-o trancado necessitando de uma chave, e esta não a tenho mais. Observo em cima dele somente uma flor murcha e seca pelo tempo. Levo-a próxima às narinas, tentando desesperadamente ver se ainda restou algum perfume, nada, apenas um nome me vem à mente, Lena.
A flor que acarinhou o hálito durante o beijo, perderá com o tempo a fragrância que guiaria o retorno.
Todos têm segredos guardados num baú de lembranças, mumificadas e soterradas em um caminho em que o tempo forçou-nos à esquecer e que talvez por medo ou necessidade, insistimos em deixá-lo sepulto.
Diante de tanta insistência e provocação, resolvo encarar o desafio e mergulho no abismo de minha alma, em busca da passagem há muito esquecido. À medida que vou acertando e me aproximando, uma inquietude e insegurança somente vão aumentando. Agora sinto em toda a sua plenitude o mais terrível doa sentimentos, o medo em sua essência.
Pronto, chegando diante do baú me ajoelho na tentativa de abrí-lo, mas para a minha decepção vejo-o trancado necessitando de uma chave, e esta não a tenho mais. Observo em cima dele somente uma flor murcha e seca pelo tempo. Levo-a próxima às narinas, tentando desesperadamente ver se ainda restou algum perfume, nada, apenas um nome me vem à mente, Lena.
A flor que acarinhou o hálito durante o beijo, perderá com o tempo a fragrância que guiaria o retorno.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
NOTURNO
Na escuridão do beco em que caminhas tua sombra desaparece. Não somente pela falta de luz, mas por medo de outras que vão surgindo...
Vêem transmitir-lhe recados ocultos e que por medo sempre te esquivastes.
Vêem mostrar-lhe o sorriso que esquecestes o olhar meigo que possuias e a serenidade que escondestes.
Tu és verdadeiro na essência da alma e nunca na soberba aparência enganadora.
Vêem transmitir-lhe recados ocultos e que por medo sempre te esquivastes.
Vêem mostrar-lhe o sorriso que esquecestes o olhar meigo que possuias e a serenidade que escondestes.
Tu és verdadeiro na essência da alma e nunca na soberba aparência enganadora.
domingo, 25 de setembro de 2011
NO SILÊNCIO DA MÁGOA
A face inexpressiva, mas atenta somente observa. Veste a máscara que esconde os sentimentos. Não quer se expor à ninguém que tente curar a ferida que sangra.
Alguém passa por ela com os olhos marejados tentando se esconder para não ser notada. Por acaso se fitam e descobre-se que possuem as chaves que desvendam seus segredos.
No silêncio da mágoa dão-se as costas e partem com destinos diferentes.
Não se fala a mesma língua na terra dos sofridos.
Alguém passa por ela com os olhos marejados tentando se esconder para não ser notada. Por acaso se fitam e descobre-se que possuem as chaves que desvendam seus segredos.
No silêncio da mágoa dão-se as costas e partem com destinos diferentes.
Não se fala a mesma língua na terra dos sofridos.
sábado, 10 de setembro de 2011
FALANDO AO VENTO
Envolveu-lhe as faces com suas mãos. Fitou-a profundamente nos olhos enxugando-lhe com seus lábios as lágrimas que escorriam. Balançou a cabeça em sinal de negação afastando-se dela e dando-lhe as costas partiu.
Sozinha balbuciou algumas palavras, mas somente o vento fez-se ouvir...
Sozinha balbuciou algumas palavras, mas somente o vento fez-se ouvir...
sexta-feira, 24 de junho de 2011
O OCULTO DO MISTÉRIO
Quando se acaricia a onda mágica da pureza, buscando a flor que deu origem ao amor, nasce eternamente em nosso ser um feitiço de paixão que só se quebrará pela solidão do abandono.
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