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sexta-feira, 4 de março de 2011

A ESTRANHA

Acordou no meio da noite durante um pesadelo. No quarto escuro vislumbrou sombras no lado oposto à janela, amorfas sinistras e ameaçadoras. Como uma criança fugiu do local através da porta aberta ganhando o corredor, também enegrecido. Tropeçou em algo que não discerniu caindo mais à frente. Sentindo-se inseguro encolheu-se no chão em posição fetal, tremia. Foi então que presentiu um vulto chegando mais perto e sussurando-lhe uma mensagem confortante,
   -Quem é você?- a resposta veio em voz rouca e feminina:
   -Sou aquela que sempre fui um dia e que nunca mais serei. -e num gesto delicado acariciou-lhe a face.
A mão que afaga veste luva de ternura e emana um aroma de carinho.
Ao abrir os olhos ela tinha partido.