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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ENCANTO DE ARANHA RAINHA

   COM UM TOQUE SUTIL DE MAGIA ACARICIOU-LHE OS LÁBIOS COM SEUS DEDOS LONGOS E FINOS. ELE ENTÃO SENTIU O PRAZER DE ESTAR PRESO EM SUA TEIA MALÉVOLA E ENVOLVENTE. ANESTESIADO POR ESTE AMOR DEIXOU-SE LEVAR FUGINDO DA REALIDADE E NESTE EMBALO TERMINOU MERGULHANDO EM UM SONO INFINITO, CONSUMIDO PELO DOCE VENENO DA RAINHA,
   NO MAR DE ILUSÕES HÁ ONDAS PERIGOSAS E SERES ENCANTADOS

sábado, 11 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

CONFISSÕES ÍNTIMAS

SENTI EM SUA ALMA A DÚVIDA E A INQUIETUDE EXPOSTA QUAL UM MANTO INDESEJÁVEL. PROCURANDO-ME COMO SE PROCURA UM OBJETO QUE AINDA FLUTUA NO MAR REVOLTO, AGARROU-SE A MIM EM IMPRECISÃO QUANTO AO REGRESSO DE UMA ANTIGA PAIXÃO. FIZ O QUE NUNCA TINHA FEITO COM ALGUÉM. ABRINDO-LHE O PEITO, MOSTREI-LHE AS CICATRIZES QUE MARCARAM MEU CORAÇÃO.]
VOLTAR!
EXISTEM TANTOS MISTÉRIOS ENVOLVENDO ESSAS PALAVRAS, QUE ÀS VEZES ME ARREPIO.
VOLVER COMO DIZ O ESPANHOL ENVOLVE MUITO AMOR OCULTO.
A MAGIA DE UM OLHAR.
A LÁGRIMA QUE TEIMA EM APARECER.
O ENCONTRO DE DOIS LÁBIOS LIVRANDO-SE DE TANTAS AMARGURAS SOFRIDAS.
SÃO FEITIÇOS DE BRUXAS...
MUITAS VEZES QUANDO TENTO REGRESSAR A UM CAMINHO JÁ PERCORRIDO PROCURO DESESPERADAMENTE ME LEMBRAR DAQUELAS PEDRAS EM QUE TROPECEI. NA TRILHA QUE PERCORRI SOZINHO ATÉ ENCONTRAR A SAÍDA QUE DESEJAVA, E MESMO SE AINDA PODERIA SENTIR O SOLO ÚMIDO PELAS LÁGRIMAS DERRAMADAS.
QUANTO A MIM AMIGA, VOU BEM. CONTINUO VIAJANDO NO TEMPO E TENTANDO OUVIR O SOM DO SILÊNCIO E A MANDINGA DAS DEUSAS.

sábado, 13 de novembro de 2010

INSENSATO CORAÇÃO

NO PÁTIO DO ESQUECIMENTO REPOUSAM SONOLENTAS AS RECORDAÇÕES MALDITAS.
VIGIADAS POR ALARMES SENSÍVEIS, NÃO DEVEM SER ACORDADAS.
TODOS OS SENTIDOS ESTÃO EM ALERTA.
NADA E NINGUÉM PODERÁ ALÍ PENETRAR.
NO PÁTIO DO ESQUECIMENTO REPOUSAM AS RECORDAÇÕES SOFRIDAS.
FORAM TANTAS DESPEJADAS QUE SE AMONTOAM E SE AZUCRINAM.
UMAS EXALAM ESTRANHOS AROMAS, MARCAS DE PAIXÕES ANTIGAS.
OUTRAS SUSSURRAM UM CÂNTICO EM LAMENTO DE SAUDADE,
GESTOS DE DESPREZO POR UM ABANDONO EM COVARDIA.
NO PÁTIO DO ESQUECIMENTO REPOUSAM AS RECORDAÇÕES MALDITAS.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PODER DA RECORDAÇÃO

NA VERDADE FORA ATRÁS DE UM ENDEREÇO, POIS DESEJAVA COMPRAR UM CARRO CUJO O ANUNCIO NO JORNAL ESTAVA COM UM PREÇO BOM. DESLIGADO COMO SEMPRE, NEM ATINARA QUE JÁ MORARA NAQUELE BAIRRO. QUANDO DEU POR SI, JÁ SE ENCONTRAVA DIANTE DA ANTIGA E ABANDONADA CASA QUE VIVERA COM SUA EX-ESPOSA E FILHOS, DA QUAL SE SEPARARA.
BASTARAM ALGUNS SEGUNDOS PARA ACONTECER. DIRIA MESMO QUE PODERIA TER SURGIDO ENTRE UM PENSAMENTO E OUTRO. A SENSAÇÃO QUE TIVERA FORA DE DOIS ESPELHOS DESLIZANDO SOBRE SUAS SUPERFICIES, AMBOS COM UMA ABERTURA NO CENTRO E QUE DE REPENTE COINCIDENTEMENTE SE ENCONTRARAM, DEIXANDO ESCAPAR A FATÍDICA RECORDAÇÃO.
PRIMEIRAMENTE VEIO SOB A FORMA DE UMA IMAGEM, E LOGO APÓS AS FRASES QUE TANTO LHE MACHUCARAM...
NÃO TEVE CORAGEM DE PARAR O CARRO PARA OBSERVAR MAIS DE PERTO O LOCAL. DEIXANDO O VEÍCULO SE AFASTAR VAGAROSAMENTE, FUGIU COMO UM COVARDE POR NÃO TER COMO RESISTIR AO PODER DA RECORDAÇÃO.
VIU-SE COM OS OLHOS MAREJADOS E ASSIM PARTIU.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

GARRAFA DE SOLIDÃO - (DIÁLOGOS)

- Quando soube que estava com uma doença incurável, jurou que lutaria desesperadamente e que nunca deixaria Madeleine.
- Engraçado, parece-me que toda pessoa quando passa, a saber, que se encontra com câncer, promete nunca se entregar.
- Você agora me fez lembrar meu falecido pai. Certa vez uma empregada que trabalhava em nossa casa, começou uma frase assim: "engraçado quando o meu pai morreu..." e o velho na mesma hora rebateu: "qual é a graça Maria?"
- Lutou como um leão durante três anos e a pobre mulher, ainda nova na flor dos vinte cinco anos, resistiu bravamente como sua fiel escudeira. A morte veio sem dó e sem piedade, sempre a carnívora assanhada.
- Imagino!
- Após passar por todos esses sofrimentos, resolveu ir à luta e então abriu esse restaurante/lanchonete aonde nos encontramos. Por falar nisso está quase na hora de fechar. Cerram as portas as vinte e uma horas e até as vinte e duas aguentam os retardatários.
- É?
- Fez do segundo andar um depósito de mantimentos e o seu lar no terceiro. Sobe e sem pestanejar liga o som. É fanática por blues, colecionando fotos artigos pôsters, adorando BBKing. Acho que criou essa mania mais para se afastar dos pretendentes, mantendo assim sua atenção continuamente nisso. Seu falecido companheiro fixou moradia em suas recordações e nunca mais dali se retirou. Sempre encontramos um licor sobre a mesinha na sala. Abre então a garrafa de solidão e aí permanece ouvindo música e bebericando na companhia de uma insônia que nunca lhe abandonou.
- Estranho, quando se olha para ela nas poucas vezes em que aparece no recinto do restaurante para ver se está tudo em ordem, a impressão que temos é que nunca conseguiremos ver a sua verdadeira face.
- Não são poucos aqueles que usam esse tipo de disfarce.
- É, tem razão. Vamos?

sábado, 25 de setembro de 2010

SEM RETOQUE

Quando a fome de desejo inundou seu corpo de mulher indiferente,
Quando a quase insanidade beirando a sua mente lhe deu bom dia,
Quando a coragem de se rebelar contra tudo e todos se fez presente,
Quando pronta e decidida se despiu para o desfecho inebriante,
O tempo sorrindo e em ironia, lhe mostrou diante do espelho, a verdade de um corpo sem retoque,
e a máscara enganosa da ilusão.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

RAUL LONGO - POETA CUBANO

Caen los ângeles del nido de Satán!
Todos!
Uno por uno caen en el
lamento profundo
de Paul Robson.
Sordos al desespero agudo de
Janis Joplin,
los hijos de Mefistófoles
precipitan los últimos ângeles del nido de Sátan.
Caen todos!
De Steinback
a Michael Moore.
De Will Eisner
a Andy Warhol.
No hay más ângeles en el nido de Satán.
Ninguno.
Cae Thomaz Jefferson.
Cae Benjamim Franklin!
Cae todos los ângeles del nido de Satán.
Solo el aúlio de Ginsberg
acompaña la caída de los ângeles del nido de Satán.
y postrero verso de Whitman,
en melancólico vuelo de réquiem
a lo que fue una nación
No resta ni uno!
Ni los más puro como Henry Muller.
Tampoco los insertos e dudosos como Thomaz Edison.
Se precipita James Dean,
Incendian Astaire
Ginger Rogers
que envenena la gran águila del norte.
El gran buitre de Satán.
Uno por uno caen todos.
Sus alma que encomiende
Mahalia Jackson,
pues los ângeles fueram expulsados
y no hay más esperanzas para los
hijos de Satán.
Ni Tom Waits
NI Tom Sawyer,
bombardeado.
Marilyn Monroe cuarteada,
Hemingway estacado,
Gore Vidal no llora más
pues nada resta en el nido de Satán
Kerouac salió de la ruta,
y Twain llora sobre el cuerpo de uno dilacerado Huck Finn,
pues ni Clemens sobrevive en el nido de Satán.
Poe y Pound contabilizan que
nada restó de angélico en el nido de Satán.
Nada!
Nadie!
Ni el veludo de Ella Fitzgerald.
Absolutamente nada.
Avergonzado, Chomsky regacea,
Bonnie y Clyde lloran como niños olvidados
En el nido de Satán.
Solo el arauto del hastio fétido
y el asombrar de los zuimbis.

sábado, 14 de agosto de 2010

VINDO DE LONGE

Parando de repente no umbral da porta fechada, voltou-se para traz com olhar de procura e esquecimento. Certificando-se de tudo, saiu. Adicionou o botão de chamada do elevador e num gesto involuntário colocou o braço direiro estendido na parede apoiando a cabeça nele. Ocultando o rosto do vizinho ao lado, sorriu. Sempre se esquecera de algo, mas dela jamais. Sua presença em sua mente já marcara presença definitivamente...

domingo, 8 de agosto de 2010

MISTÉRIOS - (Trecho do Conto).

Escuridão e Silencio são filhos da Serenidasde. Quando presentes vividos como devem ser vividos espantam o isolamento. Os Iniciados conhecem a Essência, mas aqueles que se afastam do Caminho caem nas garras do Sofrimento que os joga no Reino da Solidão.

sábado, 17 de julho de 2010

SAUDADES...

   Mandou-me através de cálida brisa uma mensagem de saudades.
   Velejando em seus sentimentos respondi-lhe então:
   - Conheci certa vez um Monge Zen que me guiou pelos caminhos da sensibilidade e mostrou-me de uma maneira simples a sentir o bailado das almas que se entrelaçam quando se afinam. Não existe tempo para isso acontecer e nem para terminar, na verdade o tempo nesta espiral harmonica desaparece. A música celestial é tão repleta de amor, que às vezes respinga nas melodias que ouvimos nessa nossa vida e tanta afinidade provoca em nosso ser.
   Quando a saudade bate à nossa porta é porque motivos materiais romperam esse laço.
   Volte a bailar pequena Deusa, estou aqui.

sábado, 26 de junho de 2010

PRESENÇA ANGELICAL


Sentiu um presságio ruim se acercando como garras afiladas prontas para lhe atacar. Fugindo desesperadamente tropeçou e caiu. A coisa passou por cima livrando-a de todo o mal que carregava. Ainda no chão meio atordoada, olhando para traz foi que viu a face sorridente da proteção Divina. Levantou-se agradecida e agora com humildade mudou de rumo, sabendo que não estava sozinha.

sábado, 22 de maio de 2010

INSUSTENTÁVEL LEVEZA

Andava despercebido por uma rua estranha que ganhara para cortar caminho quando a viu do outro lado. O choque entre os dois olhares foi inebriante, mas extremamente sofrido, pois um mundo de lembranças desabou como pedras pontiagudas que arranharam suas almas.
Como bolhas de sabão nossas paixões flutuam ao sabor do tempo e quando se encontram estouram, deixando no ar um vazio, um vazio, um vazio...

domingo, 16 de maio de 2010

FANTOCHES


Abandono é o filho desgarrado de uma prole insana.

Levando apenas uma valise surrada partiu sozinho tomando um caminho sem destino.

Após certo tempo observou do outro lado, uma figura de mulher a lhe acompanhar. Olhando de soslaio não deu para identificá-la, tendo a mesma imitado o seu gesto.

Cansado resolveu sentar-se à beira do caminho e para o seu espanto, a mulher tambem se sentou à sua frente.

Estranhando tal figura atravessou a estrada. Ao se aproximar percebeu que a conhecia não conseguindo, entretanto reconhecê-la. Curioso tocou-lhe o braço inquirindo-lhe quem seria. Horrorizado sua mão atravessou a imagem e viu tratar-se de um espectro.

Meu Deus, quantas sombras ainda me acompanharão na memória adormecida?

sábado, 8 de maio de 2010

HUMILDADE



Sentado e quieto, trazendo no semblante a saga de humildade que nunca o deixara, apenas observava. Desejava estender-lhe a mão na ânsio de confortá-la. Achando-se pequeno e com receio de ofendê-la, viu-a partir sem ao menos fitar-lhe e nada dizer. Sentiu-se como um ser invisível.


A beleza quando se cala deixa no ar um perfume de saudade!

domingo, 18 de abril de 2010

A PERDA


Após o beijo de despedida sabendo que o tinha perdido para sempre, virou a face ocultando as lágrimas que escorriam brilhantes refletindo um lago de sofrimento.

O tempo com toda a delicadeza do mundo jogou sobre aquela cena, seu eterno manto de saudade guardando-a num coração sofrido e solitário.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

SÚPLICA


A sombra sorri. Ela se espanta.

Quieta observa atenta.

A sombra se desloca.

Não há ninguém, está sozinha.

A sombra se aproxima.

Num ímpeto de amizade

ela lhe estende a mão.

A sombra se afasta.

Chora suplicante e implora.

A sombra sorri novamente.

Ela murmurante:

- Não vá embora!

domingo, 28 de março de 2010

NÃO ESTÁS SÓ!


Com um lenço de papel enxugou disfarçadamente a lágrima que brotara.
Maldisse com toda a intensidade as recordações intempestivas que insistiam em comparecer como forças satânicas a atormentá-la.
Foi então que notou como estava desligada da realidade, ao perceber no fundo da sala alguém que a encarava com extrema ternura.
No abismo da solidão existem sombras que olham, observam e se calam.

domingo, 21 de março de 2010

NUVEM NA MEMÓRIA


Trabalhava em uma fábrica junta com outras moças do bairro. Lembro-me bem que quando adolescente ia sempre à hora da saída admirá-la sem que a isso percebesse. Lá estava ela com um olhar perdido, encostada num poste fumando seu cigarro. Usava como de costume um lenço que lhe cobria os cabelos castanhos onde algumas mechas caiam-lhes sobre os olhos. Era mais velha do que eu alguns anos, e certamente percebia minha admiração por sua pessoa, pois sempre deixava transparecer um sorriso disfarçado. Certa tarde observei uma aliança em sua mão direita e pouco tempo depois nunca mais a vi.
Meu Deus, aonde se encontrará Sally?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

SENSIBILIDADE


A lágrima secou com o passar do tempo deixando-lhe em face de marca derradeira.
--Lágrimas não deixam cicatrizes visíveis - ironizou.
--Mágoas também não.
--Aquilo que não se vê torna-se mais fácil não se sentir.
--O sofrimento oculto somente é percebido pela áurea dos sensíveis. Para os cegos de alma não existem mais curas.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

TRECHOS DO CONTO: NAVEGANTES


PARTE DO DIário DE MICHELLE

A carência é a fome dos solitários à procura de carinho. São os que buscam desesperadamente um contato físico, mesmo num simples esbarrão para nutrir um vazio gritante e sofrido pela solidão permanente.
O pior de todas as ocasiões é quando estamos no fundo do poço e ao gritarmos, somente o eco responde emitindo a eterna gargalhada de zombaria.
Com o passar do tempo virei uma desencarnada, quando ele raramente me possuia mais por uma necessidade animalesca que por amor, encontrava-me longe navegando em sonhos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PERCEPÇÕES


Em completa lassidão deitou-se sobre a areia da praia naquela tarde amena. Deixou que a brisa cálida viesse acariciar-lhe o corpo inteiro. Sonolento assustou-se de repente ao confundir o sopro do vento com o sussurro mal discernido,
-Venha sozinho. Não acorde a solidão, vamos viajar.
Transmutando-se num raio de luz foi-se conduzido pela Filha do Vento, e por plagas infinitas nunca mais voltou.

domingo, 31 de janeiro de 2010

ERVA DANINHA


Quando no auge da fama levaste uma queda produzida por quem mais idolatrara despencando no fundo do poço, foste amparada por aquele que ajudaste a empurrá-lo para o mesmo lugar, puramente por um desprezo gratuito e que amortecendo com os braços sua queda, voltou-lhe às costas partindo sozinho para cumprir sua sina.

domingo, 3 de janeiro de 2010

REENCONTRO


Desesperou-se em busca de motivos que justificassem sua esperança. Achou-se no limiar da imaturidade não sabendo por que prosseguia? Servindo de gracejo para os amigos, espantou-se ao ver que ainda tinha forças para alimentar o que fraca morria. Sentando-se então à beira do caminho, deixou as lágrimas inundarem a sua face constrita. Aí percebeu alguém a lhe abraçar e secar a umidade da face com beijos ternos. Parou de chorar pela esperança morta e sorrindo, abriu a porta do seu coração para a felicidade que lhe pedia para entrar.