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quarta-feira, 23 de março de 2011

AO LUAR

Madrugada...
O silêncio expande-se sobre a terra
Banhando-a de uma quietude triste.
Surgem sombras pela noite afora,
Surgem vultos.
Ela aparece.
Envolta em transparentes véus,
Irradia uma claridade confortante.
Desce pouco a pouco do invisível para a realidade.
É um misto de tentação e beleza,
Delírio e tristeza.Vem do nada para o meu encantamento,
Para a minha alegria infinita...
O meu ser inebriado aos poucos vai se exaltando,
Vai se expandindo...
Expandindo-se das nuvens para a eternidade, para o irreal...
E juntos eu e ela voamos,
Porque voando existimos.
Percorremos cantos e recantos,
Apreciamos tudo que existe e nada nos aborrece.
Somos a LUZ.


A natureza é bela,
O sol ardente,
O animal pobre,
O espírito rico,
Deus eterno.


Vivemos todo o viver,
Sentimos todo o sentir.
Num relâmpago temos em nós
Toda a alegria e felicidade...
Num relâmpago ela se vai,
Não a alegria ou felicidade,
Mas, ela a Divina.


Madrugada...
O silêncio expande-se sobre a terra
Banhando-a de uma quietude triste.
Dos meus lábios algumas palavras
Se perdem no infinito em sinal de agradecimento.


Obrigado Inspiração
Pela tua
Presença.


Nota do autor do Blog- Poema escrito aos meus dezenove anos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A ESTRANHA

Acordou no meio da noite durante um pesadelo. No quarto escuro vislumbrou sombras no lado oposto à janela, amorfas sinistras e ameaçadoras. Como uma criança fugiu do local através da porta aberta ganhando o corredor, também enegrecido. Tropeçou em algo que não discerniu caindo mais à frente. Sentindo-se inseguro encolheu-se no chão em posição fetal, tremia. Foi então que presentiu um vulto chegando mais perto e sussurando-lhe uma mensagem confortante,
   -Quem é você?- a resposta veio em voz rouca e feminina:
   -Sou aquela que sempre fui um dia e que nunca mais serei. -e num gesto delicado acariciou-lhe a face.
A mão que afaga veste luva de ternura e emana um aroma de carinho.
Ao abrir os olhos ela tinha partido.